segunda-feira, 25 de abril de 2011

Notícias da conspiração dos EUA no golpe contra João Goulart

Três dias antes do golpe, Casa Branca pediu orientação sobre quais medidas deveria tomar. Governo questionava embaixador se deveria "segurar a aprovação" de empréstimos para enfraquecer presidente

Em apoio ao golpe de 1964, a Casa Branca estava decidida a rever as relações econômicas com o Brasil para enfraquecer o governo do presidente João Goulart. Os EUA, que usam a máscara da defesa da democracia e dos direitos humanos para intervir em outros países, tiveram papel central na sinistra aventura militar, que torturou e assassinou centenas de brasileiros.

A intervenção

A informação consta de documentos secretos liberados pelo governo norte-americano e obtidos pela Folha. Os papéis relatam uma reunião na Casa Branca em 28 de março de 1964, três dias antes do golpe, com conselheiros diretos do presidente Lyndon Johnson e agentes de alto escalão da CIA.

Esse encontro ocorreu após o recebimento de mensagem do então embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon, com detalhes e pedidos para possível participação norte-americana no golpe para derrubar Jango.

operação Brother Sam

Essa participação ficou conhecida como "Operação Brother Sam": o governo dos EUA discutiu a possibilidade de enviar navios, combustíveis e armamentos para auxiliar os militares golpistas.

Novos documentos mostram que os planos dos EUA não tratavam só de apoio militar. Um dos textos, que resume a reunião do dia 28, diz que a Casa Branca deveria telegrafar a Gordon: "Queremos que o embaixador reveja nossas relações econômicas e financeiras com o Brasil e nos recomende quais ações devemos tomar".

No mesmo dia, esse telegrama é enviado ao Brasil e fala em medidas concretas, como abandonar ou modificar negociação sobre a dívida brasileira e repensar as taxas de importação de café.

A Casa Branca questiona se deveria "abandonar, reduzir ou modificar de alguma forma a estratégia de negociação da dívida para evitar fortalecer o prestígio de Goulart". E mais: "Devemos segurar a aprovação ou o anúncio de empréstimos assistenciais? Outras medidas não militares são desejáveis para polarizar mais a situação em detrimento de Goulart?"

Gordon pediu o envio de armas sem identificação serial ou fabricadas fora dos EUA. A Casa Branca, porém, viu dificuldades em fornecer armamento "que não fosse depois atribuído a uma operação secreta dos EUA".

Um dos memorandos do Estado-Maior americano, datado de 31 de março, detalha ordens de envio de força-tarefa naval para a região de Santos para "estabelecer presença dos EUA nesta área".

Também neste caso aparece a preocupação de não expor os EUA: "Não sabemos se podemos oferecer disfarce plausível para a força naval".

As medidas não chegaram a ser executadas, porque Jango não resistiu ao golpe, mas revelam a natureza imperialista das relações dos militares com os EUA e as reais intenções da Casa Branca, que em nome da democracia e dos direitos humanos dissemina guerra e tortura no Oriente Médio e na África.

Com informações da Folha de São Paulo

sábado, 23 de abril de 2011

Garrafa de descascar

O conceito é do estúdio JWT, aqui do Brasil, e traz uma ideia que que deve ter deixado o pessoal da produção sem dormir por muito tempo. Eles bolaram uma embalagem especial para a linha de caipirinha da Smirnoff, onde você literalmente descasca a garrafa para ter a caipirinha. Tudo é muito bem feito, inclusive a ‘redinha’ amarela que envolve a garrafa, no mais melhor estilo ‘fruta na feira’. De longe uma das melhores embalagens que já vi.

Brasil será destaque na maior feira de café do mundo que acontece nos Estados Unidos

O Brasil será o destaque maior da 23ª Feira da Associação de Cafés Especiais da América, que começa na próxima semana, em Houston, Estados Unidos. A intenção do Brasil ao participar do evento é expor sua capacidade de fornecer produtos diversificados e com qualidade, respeitando, acima de tudo, o meio ambiente. Ao longo dos anos, o potencial da produção brasileira em cafés especiais (gourmets) vem ganhando destaque no mercado internacional – em 2010, foram exportadas cerca de um milhão de sacas de 60 kg de cafés especiais, 15% a mais que em 2009.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, nesta semana, já que a indústria nacional tem buscado um produto com valor agregado. O chamado café gourmet tem seu foco na alta qualidade do produto final oferecido, sendo, necessariamente, produzido com grãos limpos e naturalmente doces, obtidos a partir de cuidados especiais com a lavoura e colheita da matéria-prima. A feira acontece no período de 29 de abril a 1º de maio.
Desde 1988, ano de criação da Associação de Cafés Especiais da América, os organizadores do evento selecionam um país a ser homenageado recebendo um destaque especial na feira, que intitulam de portrait country, e, nesta edição, o país destaque participará com mais de 500 produtores, torrefadores, pesquisadores, exportadores, especialistas e baristas brasileiros. Todos esses participantes brasileiros poderão expor seus conhecimentos e técnicas a um público esperado de 10 mil pessoas, incluindo participantes de países produtores e consumidores, além de exportadores, importadores, varejistas, empresários e baristas de todo o mundo.
Os diversos aromas e sabores dos cafés especiais brasileiros poderão ser degustados no estande especial criado para a exposição de produtos originários do Brasil na SCAA. No estande, cafés gourmets de nove regiões produtoras nacionais representarão o país, vindas dos estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Paraná e Espírito Santo.
Não é por acaso que o Brasil foi selecionado como o grande destaque da SCAA. O país detém o título de maior produtor e exportador de café do mundo – só no ano de 2010, faturou US$ 5,7 bilhões, resultado considerado recorde, que representa um crescimento de 34,7% em relação ao ano anterior. Além disso, o mercado de café envolve 287 mil produtores brasileiros, que trabalham em uma área de 2,2 milhões de hectares e geram mais de 8 milhões de empregos no país. A produção de café já se espalhou por 12 dos 26 estados brasileiros, que já exportam seus grãos dos mais variados aromas e sabores para os Estados Unidos, Itália, Argentina, dentre outros.

SIMPÓSIO – Nos dias 27 e 28 de abril, o Brasil participará ainda de um simpósio organizado pela Associação de Cafés Especiais da América com o apoio do Ministério da Agricultura, Apex-Brasil, Sebrae e entidades representativas do setor cafeeiro. O evento contará com palestras para discutir temas como sustentabilidade, certificação e qualidade e contará ainda com a degustação dos Cafés do Brasil para potenciais clientes com apresentações técnicas sobre os produtos apresentados.
As palestras sobre os temas acima serão ministradas por especialistas brasileiros como Carlos Brando, da P&A Internacional Marketing; José Francisco Pereira, da Monte Alegre Coffees; e Flávio Borém, professor da Universidade Federal de Lavras.
http://blog.planalto.gov.br/

AMOR E REVOLUÇÃO-TRILHA SONORA

AMOR E REVOLUÇÃO-DEPOIMENTO

"Nós não concordamos com essa lógica de transformar nossas escolas em presídios"

Ubes: detector de metal não acabará com violência nas escolas

Veja a íntegra da fala do presidente da UBES ,Yann Evanovick, no debate sobre violência na escola promovido pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal.

 

Congresso da UNE: amor, revolução e poder jovem pelo Brasil

 Está em pleno vapor a mobilização para o 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o maior encontro da juventude brasileira. De 13 a 17 de julho, na bela cidade de Goiânia, cerca de 10 mil universitários de todos os cantos do país estarão reunidos para definir as políticas que nortearão a entidade máxima dos estudantes pelos próximos dois anos. No centro do debate, a relação entre educação, trabalho e desenvolvimento para construir um Brasil melhor para brasileiras e brasileiros.

Por Daniel Iliescu*


Na cultura política e na historiografia de muitos países, os estudantes, consideradas suas entidades representativas, são tidos como agentes de primeira grandeza, sendo reconhecidas as suas marcas em momentos decisivos das lutas políticas e sociais e estando sempre associados a ideias avançadas como a democracia, a justiça social e a soberania nacional.

No Brasil isto acontece de maneira particularmente intensa e o livro O Poder Jovem, do jornalista Arthur Poerner, conta bem a história de como a UNE, há 74 anos, encarna este sentimento de ousadia e inconformismo da juventude e de como os estudantes, geração após geração, se entregaram convictos à luta por avanços em seu tempo.

A novela do SBT Amor e Revolução, de autoria de Tiago Santiago e dirigida por Reynaldo Boury, é outra grande fonte de informação e inspiração para que os estudantes de hoje conheçam os tortuosos caminhos percorridos pela sociedade brasileira e qual a real força dos jovens quando decidem participar ativamente da história. Talvez sua maior contribuição seja levar a atual juventude das Forças Armadas à reflexão sobre seu real compromisso com a pátria e com o povo brasileiro.

A referência ao passado, no entanto, serve para afirmar que a juventude é, a qualquer tempo, a voz que provoca e contagia o país a buscar melhorias para as condições de vida da população, superando desigualdades e fortalecendo a nação. Dentre os inúmeros exemplos atuais que fazem cair por terra o mito segundo o qual o jovem de hoje seria alienado e não se mobilizaria por transformações, o mais vigoroso é, sem dúvida, o Congresso da UNE.

Neste exato instante, enquanto o leitor corre os olhos por este artigo, centenas ou milhares de militantes do movimento estudantil, levantando bandeiras de diversos movimentos, emitindo diferentes opiniões políticas, orientados por inúmeras escolas de pensamento, organizados ou não por vários partidos políticos, fazem eclodir nas universidades um rico debate sobre o presente e o futuro do Brasil, numa flagrante demonstração de pluralismo e unidade característicos do movimento juvenil de nosso país.

Quando uma jovem ou um jovem, movido pelo entusiasmo e generosidade de quem constrói o congresso de uma entidade tão necessária ao Brasil – seja diretor(a) da UNE ou não – passa em uma sala de aula, fala em uma assembleia, aborda seus colegas no corredor, no boteco, na quadra, no ateliê, no laboratório, convidando-os a tomar parte na história, ela ou ele é a UNE viva, é o próprio movimento estudantil semeando nosso futuro.

Quem participa de uma eleição de Diretório Central dos Estudantes (DCE) como a realizada há alguns dias na Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, com cerca de 15 mil estudantes votando, percebe claramente o imenso potencial político a ser explorado pelo movimento estudantil e o grande serviço prestado ao país ao ajudar a forjar gerações de brasileiros acostumados com a democracia.

O grande desafio colocado para aqueles que lutam para transformar o país é ligar-se profundamente ao povo brasileiro, em especial, à enorme população jovem, vitaminada em relevância política e protagonismo pelos avanços democráticos e pelo bônus demográfico que faz com que sejam hoje mais de 50 milhões os brasileiros entre 15 e 29 anos.

O estudante que sonha com um Brasil mais justo e desenvolvido deve assimilar a ideia de que o Congresso da UNE é um momento extremamente fecundo, farto de possibilidades para a ação coletiva dos estudantes que fortaleça a luta por uma verdadeira revolução na educação brasileira. Assimilar tal ideia é, assim, colocá-la em prática, mobilizando mais e mais estudantes para o 52º Congresso da UNE (Conune).

O Congresso da UNE é a nossa maior semeadura! É a grande oportunidade de transformar os sonhos em realidade, de aglutinar mais jovens, de agregar mais gente com sede de mudanças, de forjar novas lideranças populares! É a UNE na base consciente de suas forças e de seus desafios, colocando sua rede em constante movimento! É o amor pelo país e o brilho nos olhos dos que arregaçam as mangas e gastam a sola dos sapatos organizando a estudantada em milhares de cidades brasileiras!

É a UNE do tamanho do Brasil e do fantástico potencial desabrochando na ação corajosa e vibrante da juventude que insiste cantar cada vez mais alto a manhã geral que nascerá da união de nossa gente!


*Daniel Iliescu é diretor de relações internacionais da União Nacional dos Estudantes e membro do movimento “Transformar o sonho em realidade”
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