sexta-feira, 17 de junho de 2011

Biólogos do Unileste obtêm registros de novas espécies na Fazenda Macedônia

O curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), em parceria com a empresa Cenibra, desenvolve pesquisas na Fazenda Macedônia, localizada no município de Ipaba. Reconhecida pelo Ibama, em 1994, como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a Fazenda é situada à margem direita do Rio Doce e é um dos principais remanescentes de Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais.
Os trabalhos desenvolvidos por pesquisadores do Centro Universitário têm como objetivo conhecer a diversidade de mamíferos, moluscos, insetos e plantas da Reserva. Os participantes do projeto são professores envolvidos em um grupo de pesquisa intitulado Ecologia de Comunidades.
A equipe de pesquisadores do curso de Ciências Biológicas é composta pelos seguintes professores: Alice Arantes Carneiro, Ana Paula de Almeida Caixeiro, Bianca Caldeira, Cléber Ribeiro Júnior, Flávia Oliveira Junqueira, Isabela Crespo Caldeira e Tânia Gonçalves dos Santos. Os docentes desenvolvem, ainda, junto à Diretoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão do Unileste, trabalhos de Ecologia, orientando alunos em programas de pesquisa, e projetos de extensão aplicados em escolas da região.
Resultados
A comunidade acadêmica e a coordenadora do curso, Isabela Crespo Caldeira, comemoram os resultados das pesquisas. Isabela ressalta que, até o momento, já foram documentados quatro novos registros de espécies nativas de moluscos, que são considerados bioindicadores do meio ambiente. "Os levantamentos dos moluscos são feitos quinzenalmente nas áreas de mata e nos eucaliptais. Também realizamos estudos nas áreas urbanas de Ipatinga e Coronel Fabriciano e espécies exóticas foram registradas, entre elas o caramujo africano", explica a coordenadora.
Do mesmo modo, a pesquisa direcionada ao levantamento de musgos possibilitou a identificação da presença de espécies ainda não registradas naquela região. Isabela explica que os pesquisadores verificaram a ocorrência destas plantas em variados substratos, tais como sobre folhas, troncos, pedras e solos. "Os musgos também são considerados bioindicadores da qualidade do ar. Algumas espécies têm o desenvolvimento restrito a um tipo de pH e a sua presença pode ser utilizada como indicadora do pH do solo. Além disso, retêm umidade, auxiliando na prevenção da erosão do solo", afirma Isabela.
Já no que se refere a mamíferos silvestres, o objetivo do trabalho é o de inventariar e avaliar a composição de mamíferos de médio e grande porte, e analisar a relação existente entre esse grupo e os diversos habitats na Fazenda Macedônia. Para alcançar tal finalidade foram utilizadas armadilhas fotográficas programadas e a identificação de pegadas deixadas pelos animais no solo. Dessa forma foram obtidos registros de oito espécies, entre elas o veado mateiro, capivara, paca, quati, mão-pelada e onça parda.
"É de suma importância a identificação dessas espécies aqui na região, tendo em vista que algumas delas já fazem parte da lista de animais em extinção divulgada pelo Ibama. Com estas pesquisas podemos não só registrar a presença desses animais silvestres, como também promover a conscientização ambiental junto à população, no que se refere à preservação dessas espécies", completa Isabela.

http://www.unilestemg.br/noticia/778/biologos-do-unileste-obtem-registros-de-novas-especies-na-fazenda-macedonia

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