quarta-feira, 27 de abril de 2011

Presidente da UNE participa da primeira reunião do "Conselhão" no governo Dilma

A 37ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) contou ainda com a presença do ministro da Fazenda Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ou o Conselhão, como é chamado, promoveu nesta terça-feira (26), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, a primeira plenária do atual governo, com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff. Entre os 90 representantes da sociedade civil que compõem este órgão, a União Nacional dos Estudantes (UNE) marcou presença para discutir temas de relevância nacional. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também estavam presentes e nortearam o discurso no qual a economia foi o destaque.
O presidente da UNE, Augusto Chagas, que é membro do CDES, disse ao Estudantenet, logo após a reunião, que o órgão é uma ferramenta inteligente e democrática para se discutir assuntos que interessam a toda sociedade. "Essa é a primeira reunião no governo atual e esperamos que este espaço de discussão seja valorizado tanto quanto foi durante o mandato do governo Lula", avaliou.
Augusto também reiterou uma importante fala do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, durante a reunião. "Artur deixou claro em sua fala que o Brasil precisa mudar questões na política econômica. Essa também é nossa opinião. As políticas sociais precisam dar saltos mais consistentes dentro da economia do país", pontuou.
Compromisso com o controle da inflaçãoO compromisso de manter a inflação sob controle para que o país tenha desenvolvimento sustentável foi reafirmado pela presidente Dilma Rousseff, nessa 37ª Reunião do CDES. A presidente informou aos integrantes do CDES que desde o início do ano o governo vem adotando medidas no sentido de conter o aumento da inflação, um dos compromissos colocados na campanha à sucessão do presidente Lula, em 2010, e reafirmado no discurso de posse.
Dilma atribuiu a inflação atual a pressões internacionais e “a choques internos adversos na produção de bens importantes, como alimentos in natura e etanol”. E emendou: “apesar dessas causas diversas, todo o aumento da inflação vai exigir que o governo tenha uma atenção bastante especial sobre as suas fontes e causas. Então, eu quero dizer a este Conselho: o meu governo está, diuturnamente, e até noturnamente, atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vierem, e fazendo permanente análise delas”.
Ainda no discurso, a presidente comentou sobre o lema de seu governo - País rico é país sem pobreza - e reafirmou interesse em fazer do CDES o fórum para tratar das questões do interesse do povo brasileiro.
Guido Mantega fez uma explicação bem detalhada sobre a situação econômica atual e disse que o Brasil está no caminho certo do crescimento econômico."Em matéria de inflação, o Brasil não esta mal na foto mundial", disse Mantega durante seu discurso. O ministro listou a situação de vários países, como a China, onde a inflação subiu de 2,5% para 5,4% em 12 meses até março, e destacou que no caso dos Estados Unidos ainda não foi possível avaliar a inflação do petróleo.
Já Tombini explicitou sua aposta central para conter a inflação, que gira em torno de uma série de medidas macroprudenciais, como a recomposição nos níveis de compulsório, aumento de requerimento de capital para operações de crédito de maior risco e aumento do IOF, visando conter a expansão do crédito.  “A crise mostrou a necessidade de atuar com esses instrumentos para conter os riscos financeiros e permitiu o crescimento sustentável do sistema financeiro, mas sobretudo da economia global. Elas visam assegurar a estabilidade econômico-financeira. Nós temos reconhecido isso" declarou.

Assista ao vídeo da reunião nesta terça-feira:



O que é CDES?O CDES foi criado em 2003 como órgão consultivo da Presidência. É composto por 90 representantes da sociedade civil, entre empresários, sindicalistas, intelectuais e líderes de movimentos sociais. Em oito anos de atuação, o Conselhão construiu diversas propostas que tiveram impacto nas políticas públicas e nas decisões do governo federal.
O CDES é presidido pelo (a) Presidente da República e seus membros são designados por ato formal do (a) Presidente da República por dois anos, com possibilidade de recondução. Na composição do Conselho estão presentes trabalhadores, empresários, movimentos sociais, governo e lideranças expressivas de diversos setores. O mandato bianual dos atuais conselheiros do CDES, iniciado em agosto de 2009, vai até agosto deste ano. A UNE, desde a fundação do órgão, sempre fez parte do Conselho.
Vale ressaltar que a criação do CDES alargou de forma inédita a interlocução entre o Governo e a sociedade e a capacidade de definir, de forma compartilhada, os grandes rumos do País. A partir de sugestões do Conselho, o governo regulamentou, por exemplo, as operações de crédito consignado em folha de pagamento, a conta investimento e a Lei de Falências. No auge da crise econômica internacional, em 2008, o CDES sugeriu diversas medidas para a manutenção do emprego, da renda e do crédito; fortalecimento do mercado interno; manutenção dos investimentos públicos em infraestrutura e a redução da taxa de juro.
Durante a reunião, Dilma afirmou que o conselho ajudou “a construir um país mais próspero e mais justo”. Esse desafio, continuou, "eu acredito que foi muito importante para o governo e para o CDES porque, nesse período, o nosso país se beneficiou das contribuições que o Conselho prestou".


Da Redação da UNE, com informações da Agência Brasil e da Agência Estado

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